quinta-feira, 19 de junho de 2014

666 Park Avenue - Um lugar que você não vai querer estar

Olá, pessoal!

Quando eu resolvi soltar a minha outra vertente de blogueira no Kimono Amarelo, decidi que não falaria apenas de assuntos da cultura japonesa, como os animes e mangás, e incluiria algumas séries que assisto e gosto.
Contudo, acabei me dedicando mais a eles do que ao resto e descobri que as temporadas principais de animes no Japão podem consumir muito o meu cérebro e o espaço do blog.

De qualquer forma, está na hora de mudar um pouco o foco.

No final de Maio (mais precisamente no dia 24) estreou a série 666 Park Avenue no SBT em um horário bem complicado para quem tem vontade de acompanhar seriados estrangeiros por aqui (fim da madrugada e começo da manhã). Acontece que eu ia sair para trabalhar, então acabei pegando parte do primeiro episódio entre a troca de roupa e o café da manhã.

Eu nem sou uma pessoa que adora temática sobrenatural, então imagina como não fiquei curiosa. hehe
Bom, chega de encheção de linguiça e vamos ao que interessa!
Título: 666 Park Avenue
Criador: David Wilcox
Canal: ABC (Estados Unidos) e SBT (Brasil)
Ano: 2012
Temporadas: 1
Episódios: 13
Elenco: Rachael Taylor, Dave Annable, Robert Buckley, Mercedes Masohn, Erik Palladino, Henela Mattsson, Samantha Logan, Vanessa Williams, Terry O'Quinn.
Gênero: Drama sobrenatural, ficção de horror, drama

COMEÇOU A COPA DO MUNDO! Mas se você não quer curtir com a Seleção, curta com o Kimono Amarelo que não vai te deixar na mão nesse um mês de futebol por todos os lados!
Mais informações: Uma Copa diferente no Kimono Amarelo!


Assustador por princípio...
Como o pessoal que acompanha as análises de anime e mangá sabem, eu não sou expert em diretores, roteiros, estúdios e esses blá blá blá cults, assim como sou um fracasso para falar de elenco, diretores, redatores e... Acho que vocês já entenderam.

Bom, se alguém procurava por um conteúdo mais cult e menos cru, já aviso que este blog não vai te saciar. Tchau.

Agora você que só é curioso mesmo e quer saber mais sobre os pensamentos de outras pessoas e suas teorias da conspiração, CHEGA DE ENROLAR, NÉ?

São quarenta e dois minutos de história em cada episódio, diminuindo para menos de quarenta nos últimos.
Confesso que sou medrosa e esse negócio de assombração não é comigo, mesmo assim a premissa pareceu interessante.

Temos um prédio chamado "Drake" no endereço 999 Park Avenue. Um local luxuoso administrado por seu dono Gavin Doran (Terry O'Quinn) casado com a belíssima e elegante Olivia Doran (Vanessa Williams).
Interessados na vaga de síndico [co-manager, no original], Jane Van Veen (Rachael Taylor) e Henry Martin (Dave Annable) que deixaram o interior para encontrar oportunidades em Nova Iorque, se vêem rapidamente entusiasmados com o luxo e ostentação.

O início do primeiro episódio já indica com o que estaremos lidando durante os próximos doze.

Basicamente temos:
-Um prédio possuído;
-Um "Diabo" com os seus contratos;
-Um bando de gente louca que faz esses acordos;
-Clichês por todos os lados;
-BAD ENDING... Eu chamaria mais de "BORING ENDING", mas ok.

Apesar do apelo "666" (o tal número da besta quadrada), ritual de "magia negra" e sacrifício humano, não vi nada de tão extraordinário para alguém que tenha a mente aberta e não fique dando chilique a cada 3 segundos por conta disso. Sou a mesma pessoa que assiste quase todas as quartas feiras Milagres de Jesus (Record), aliás, ótimas séries religiosas o canal tem trazido nos últimos anos.
Sou relativamente eclética quando se tratam de histórias, sejam ficção ou folclore.

Bom, chega de conversa fiada que a encheção de linguiça acabou ali em cima.

Eu acredito que podemos separar a série em três blocos. O começo quando somos apresentados à história (episódios 1 a 4), o meio que serviria como desenvolvimento (6 a 9-10) e um final abrupto (10-11 a 13), pois a série foi cancelada pelo canal ABC por conta de seu ibope baixo. Você vai entender o porquê neste texto.

Os primeiros minutos da estreia são bem interessantes.
Temos um violinista que no meio do concerto machuca os dedos ao tocar e é observado intensamente por um dos espectadores.
Debaixo de uma chuva torrencial o homem chega ao prédio em que mora e corre para arrumar as malas, quebrando o violino antes de sair. Chegando no saguão, todas as portas se fecham e o telefone da recepção toca. O homem atende e a conversa nos leva a crer que o violinista não tinha talento e acabou fazendo um acordo com o "Diabo", chegando enfim a hora de pagá-lo pelo "dom" que recebeu. E assim é feito. O homem querendo ou não.

Eu não sei as outras pessoas, mas sou do tipo que ficaria a quilômetros de Gavin Doran e de seu prédio maligno, pois por mais que me tentassem a aceitar um acordo, eu preferiria me manter dona de mim mesma. Não há nada pior no mundo do que não se pertencer, que digam os escravos que passaram o inferno na terra antes da nossa querida Princesa Isabel assinar a Lei Áurea.

Vou ter que começar a citar nomes de gente que até o final eu não guardei o nome, né? Nenhum pouco animada, na boa.

No primeiro "bloco" somos apresentados aos protagonistas Jane e Henry, e Gavin e Olivia, além de conhecer o casal Louise (Mercedes Masohn) e Brian Leonard (Robert Buckley), a especial Nona Clark (Samantha Logan), a assistente de fotógrafa Alexis Blume (Helena Mattson), o recepcionista/porteiro Tony DeMeo (Erik Palladino), entre outros que talvez sejam citados ou permaneçam enterrados no esquecimento.

O tal "primeiro bloco" vai desenvolvendo relacionamentos, mostrando os segredos profundos do Drake e como Gavin usa os moradores para bem próprio.

Eu até faria uma leve comparação com xxxHolic (CLAMP), já que o Sr. Doran realiza o desejo de quem o procura e obviamente vive no prédio. Ele dá o que a pessoa quer, muitas vezes corrompendo o pedido, e toma o pagamento de forma arrebatadora. Ao contrário da nossa doce feiticeira Yuuko, que ouve e atende os pedidos que chegam, exigindo um preço à altura que não seja nada mortal ou grotesco. E, o mais importante, ela não distorce o desejo a seu favor.
A série norte-americana, na minha opinião, peca por essa falta de "justiça", trazendo o mais do mesmo, o mal corrompendo e no final todo mundo se fodendo (no pior sentido da palavra).

Temos alguns típicos clichês de horror durante os episódios, como o surgimento da pequena Jocelyn fantasmagórica, portas batendo, gente aparecendo atrás dos outros e dando susto...

As "side histories" [histórias paralelas] se mostram interessantes até certo ponto, seja por Daniele (Mili Avital) fadada a nunca encontrar um amor verdadeiro, sendo usada pelo dono do Drake como uma das eliminadoras de adversários, seja por Annie Morgan (Aubrey Dollar) que almejando se tornar uma jornalista de verdade acaba criando Kandinsky, um mafioso russo que vem atrás dela posteriormente e acaba a assassinando no episódio "Complexo de Herói".

Além disso, temos o casal Brian e Louise tendo problemas não só no casamento, como em suas carreiras.
Brian está com o famoso "bloqueio" de escritor e apenas a partir do momento em que fica observando a vizinha do prédio da frente (totalmente despreocupada em fechar as cortinas) é que as coisas começam a acontecer, principalmente depois que a dupla tem um caso amoroso.
Louise é uma ex-viciada em remédios com prescrição médica que tem um segredo sombrio em seu passado e acaba sofrendo um acidente bem quando estava para fazer fotos importantes para uma revista famosa.

As coisas obviamente não terminam bem para o casal, aliás, não sei quem aí teve um real final feliz.

Temos Nona Clark que logo se torna uma boa amiga para Jane e descobrindo que as duas têm algo em comum: são "crianças do Drake". Uma morou lá sem lembrar e a outra nasceu dentro de um elevador.

Enfim, Nona é cleptomaníaca, além de ter visões com o futuro quando toca nos objetos, como fez com o relógio de Henry e viu que ele deveria tomar cuidado com um homem que tinha uma tatuagem de bússola no braço (o russo do nome que eu nunca lembro e já chamei de Kavinski em vez de Kandinsky).
Depois de ser descoberta por Jane, a menina devolve tudo que roubou e ajuda a loira a descobrir sua ligação com Drake, passando a ajudá-la nessa investigação.

Não bastasse tudo o que está acontecendo, ainda tem uma tal de Ordem do Dragão fundada por esse pessoal da pesada que invoca uma coisa não muito maneira no Drake, transformando a vida de todos os moradores em um inferno.
Dizem que invocaram o mal e pãns, mas e esse Gavin Doran à solta? Ninguém lembra disso, né? E também não fica claro se o homem é de fato o "Diabo" (que eu acredito ter mais o que fazer no inferno do que perder tempo na Terra) ou apenas um ser sobrenatural poderoso e cruel. Sei lá, esse tipo de personagem anda bem desgastado (ainda mais quando o roteirista/criador/escritor não sabe renová-lo).

Encerramos este bloco com a repentina ascensão de Henry como herói, salvando o Comissário Pike (José Zuniga), que estava o colocando contra a parede, de Kandinsky, o russo que "virou realidade".

Acho que em 666 Park Avenue cabe a frase "cuidado com o que deseja", acrescentada com "e para quem conta/pede esse desejo".

Confesso que sou fã de bons finais felizes, já que a vida já é amarga o bastante, no entanto, nada contra finais tristes, desde que sejam bem escritos.

Em uma pesquisa rápida, descobri que a série foi baseada em um romance homônimo de Gabriella Pierce, com uma sinopse bem pior que a da obra televisiva. Na boa, mulher casando com empresário bilionário me dá ânsia só de lembrar que li Cinquenta Tons de Cinza para uma resenha.


Complicado pelo meio...
Quando eu soube da "Ordem do Dragão" já achei ruim, agora uns tais de "Conspiratii"? É demais, não?

É tanta coisa ruim e cansativa rolando que eu preciso citar dois bons momentos aqui do "segundo bloco": Harlan Moore novinho e Whoopi Goldberg como Maris Elder.

O primeiro pelo jeito canastrão do final dos anos 20 e a segunda por ser uma atriz que sempre gostei, e que teve um papel importante e... enigmático, digamos assim. Não se sabe o porquê de Maris ter ficado "presa" no Drake, optando por não sair de seu apartamento por 26 anos (quem é que comprava a comida, os produtos de limpeza e etc?) e depois de fazer um acordo fielmente obedecido por ela e por Gavin, sai do prédio e vira uma revoada de pássaros brancos? Muitas interpretações e dúvidas, todas sem explicação.

É a partir deste ponto que o 666 Park Avenue se perde gostoso em suas invenções pirabólicas (neologismo para coisas confusas, muitas coisas ao mesmo tempo, coisas coisentas sendo coisadas). Pirabólico não existe, eu sei.

Acho que a coisa mais divertida é a ascensão e queda dos Conspiratii, que contavam com o Detetive Cooper e a neta/bisneta de Harlan Moore. Se era só enviar um único homem armado, como essa porcaria de "sociedade secreta" sobreviveu por tanto tempo? Ah, isso se chama "foi porque eu deixei", né, Sr. Doran? Se bem que ele não sabia exatamente onde essa galera estava...

É tanto reboliço em uma história que não sabe mais o que está fazendo da vida, que eu só não droppei no meio, pois precisava trazer esse texto (ou nunca ia sair um post sobre séries aqui haha).

Henry nada mais é que um peão na mão da família Doran. Gavin está o preparando para ser seu representante na política, removendo os adversários para o rapaz e o fortalecendo. É o diabólico homem que está por trás das falsas "que se tornam verdadeiras" acusações contra o Comissário Pike, a divulgação do caso de Sullivan com uma estagiária enquanto sua esposa estava fazendo quimioterapia.

E falando nessa família...
Temos o retorno de Sasha Doran (Tessa Thompson) que usava a identidade de Laurel Harris, assessora de imprensa que ajuda Henry e meio que o persegue para que o rapaz entre no mundo da política.
Ela é a filha que tinha "morrido". A prova de que um plot twist pode não ser tão interessante assim.

A menina, que descobriu algumas verdades sobre o Drake e seu pai, se faz de santa na frente de todo mundo, mas chega a instigar um padre a matar Gavin, o que obviamente falha (afinal, o cara pode até mesmo entrar em "solo sagrado"). E ela é convidada a descer a escada em espiral que leva para... É, para um lugar que ficou só na cabeça de seu criador.

É também nesse "bloco" que fica implícito que aquele ritual do mosaico feito nos anos 20 era de uma religião pagã que acreditava em deuses, enquanto Gavin é uma "entidade de uma religião em que existe apenas um deus".
Só eu achei bizarrézimo o Harlan Moore usar sangue como massa corrida para o mosaico? Naaaaaah! Estamos lidando com derpagens de nível duvidoso, então o que esperar, certo?

Sem noção no final...
Agora eu sei qual a razão de nunca ter feito um post sobre seriados...
GENTE, MARATONEI TREZE EPISÓDIOS DE MAIS DE QUARENTA MINUTOS EM DOIS DIAS. MEU CÉREBRO NÃO ESTÁ SUPORTANDO TODA A CARGA DE INFORMAÇÃO! Meus miolos só aguentam 128MB no HD central. O que vou fazer com esse 1TB que ganhei assistindo essa série?

♫ "Vou chorar... Desculpe, mas eu vou chorar..." ♫
(Desculpe, mas eu vou chorar - Leandro & Leonardo)

Obviamente com o cancelamento da série muita coisa ficou explicação e que eu chuto que renderia mais uma ou duas temporadas para termos um bom encerramento. É fato que lá pelo "bloco do meio" começaram a derpar bonito na história, o que resultou um final bem xoxo.

O plot teve mais furos do que queijo suíço e um encerramento mais previsível do que o Japão perdendo para a Costa do Marfim que jogou de Holanda (camisa laranja). Além disso, os personagens não são carismáticos, o que dói no pâncreas.
Jane descobre ser filha de Gavin, e não de Nate que conheceu o nosso amigo russo no elevador e que não estará vivo para contar como foi a viagem até o porão. Henry toma um tiro provocado por Gavin para que a filha fizesse um acordo com ele e encerramos com a promessa de um anticristo vindo aí para dominar o mundo.

Nona fica com o colar que era da avó de Jane e vai colecionando as notícias de desaparecimentos ou coisas relacionadas aos moradores do Drake. Não há muito o que a personagem possa fazer, se não esperar pelo dia de sua morte ou quando será engolida pelo prédio por causa de algum pacto formado com Gavin.

Mais um furo de 666 Park Avenue foi quando a mãe de Jocelyn morreu (assassinada por Peter Kramer, bisavô de Jane) tempos depois que o grupo já tinha "invocado o mal". Quando na regressão de Jane, Jocelyn estava sendo procurada por todos para ser usada como sacrifício nessa invocação. Como assim o pessoal corre para levar a menina, não consegue, acaba usando a Libby e depois fica tudo ok com Peter Kramer, que continua morando no Drake com a esposa e a filha? O pessoal não ia ficar pê da vida com ele? Não ia tirar satisfação ou matá-lo por conta dessa "traição"?

E o furo mais feio foi a foto de Jane com 8 anos no saguão do Drake, sendo que sua família morou lá quando ela era um bebê. Sem falar que quando sua mãe morreu lá, o pai fugiu com a pequena de colo. Ou seja, SUPER HIPER FAIL.
E tivemos três situações com a escadaria em espiral que ficou bem sem nexo:

-Julian Waters, paciente da ala psiquiátrica "D", que afirmava ter subido aquela escada;
-Jane que desceu a escada e acabou parando na Times Square sem sabermos exatamente porque e como;
-E Sasha Doran que desceu e só Deus sabe para onde ela foi. 
Além disso temos aquele símbolo com tridentes nas pontas usado durante boa parte do "bloco" final e que ficou sem explicação. Era a marca dos Conspiratii ao mesmo tempo que não deixava Gavin entrar no apartamento de Maris...


A impressão que dá é que quiseram criar muita coisa e se perderam no meio da bagunça que inventaram. Sério, se esse papo de sociedade secreta já encheu na época do Código Da Vinci (Dan Brown), que foi muito mais elaborado, agora em 666 Park Avenue só se mostrou mais inútil ainda. Eles foram facilmente eliminados.

Qualquer "força poderosa" de uma história deve passar por dificuldades sérias durante sua jornada, mesmo que estejamos falando do "Diabo". Tudo foi muito fácil. A única real ameaça foi Victor Shaw que roubou a caixa vermelha, que em um primeiro momento disseram que era a prisão de um amante possessivo de Olivia e depois falaram que era o coração do Drake.
Se a caixa sugou Harlan Moore, por que deixou o ladrão com uma íris verde-limão como se estivesse possuído?

A mocinha provou ser mais uma sonsa das típicas histórias ocidentais que não se pergunta como quebrar a corrente e não se mantém firme para. É uma sucessão de erros no roteiro que me faz ter vergonha dos dois dias que gastei para assistir isso achando que era de grande valia.

Henry e Jane são os "bonzinhos" muito fracos (clichezentos) que rapidamente ficam deslumbrados com a ostentação.
"Ah, mas eles vieram do interior", você pode argumentar. Contudo, não acho que isso deva ser desculpa. Além de terem se mantido juntos mais por convenção do que por amor (ou eles podem ser masoquistas e eu nem estou sabendo).

O cara desconfiou que ela estava ficando louca e várias vezes disse que a avó dela tinha um quadro de doença mental (o que durante a série a gente vê que não é), isso é bastante ofensivo. Eu teria revisto a minha relação com uma pessoa que não confia no que eu diga por mais bizarro que seja.

Além disso Jane queria ir embora do Drake por estar assustada com tudo que estava sonhando e vivenciando, e só ficou porque a carreira do namorado e ele eram "importantes".
Filha, é o seguinte, estamos no século XXI e você tem que quebrar esse comportamento de mulher submissa que faz o que o homem manda.
Se eu estou assustada em um lugar, eu vou embora independente do que pensar a minha companhia. Não posso me obrigar a ficar em algum lugar porque é melhor para fulano ou sicrano.
É preciso quebrar esse ciclo vicioso de relação em que só se pensa em um dos lados. Claro que o rapaz não deve desistir de seus sonhos, mas, poxa, já pensou em ir morar sozinha? Sabe, namorados não necessariamente precisam morar juntos.

E Henry mostrou mais uma vez que se você é bonzinho e quer seguir na política, melhor mostrar que está pronto para se "sujar". É algo que deve ser encarado como uma realidade para a política real que acontece no nosso mundo. Só acho que ele deveria parar de se enganar, de ser ingênuo. Além do que, foi um personagem bem fraquinho durante os treze episódios.

Faltou aos personagens perceberem que toda ação tem uma reação e devem recebê-la como "troco" pelo que pediram, assim Annie ainda estaria viva, Alexis não teria se arrependido em alguns momentos e Henry não teria ficado perturbado ao ser indiretamente responsável pelo suicídio do político Sullivan.
O ser humano tem muito disso, de achar que tudo vem de graça.
Até o que aparentemente é "de graça" tem um preço perigoso escondido e que será cobrado quando menos se espera.

Se você decidiu abraçar o Diabo, melhor aproveitar o calor do inferno.

O único adendo sobre elenco que farei aqui é:
-Terry O'Quinn (aqui Gavin Doran), conhecido por ter dado vida a John Locke de LOST (Jeffrey Lieber, Damon Lindelof e J.J. Abrams), uma série que nunca tive vontade de assistir e até hoje não tenho. É provável que nunca terei, mas o futuro a Deus pertence.

Gavin Doran não é o antagonista mais bacana e que deixa o público com sentimentos mistos como o adorável canalha Raymond "Red" Reddington (James Spader) de The Blacklist (Jon Bokenkamp). Aliás, série altamente recomendada por mim.
Eu não curto muito ficar dando nota, porque eu não tenho no que me basear para dizer que algo vale 5, 8 ou 0, então prefiro dizer se a experiência foi boa, se perdi meu tempo ou qualquer outra coisa do tipo. Espero sinceramente que não tenham esperado algum número por aqui.

Veredito final para 666 Park Avenue:
-Perdi meu tempo
-Roteiro fraco
-Kedê o Diabo?
-Quem investiu nisso perdeu dinheiro
-Pior post de estreia

Nos vemos no próximo post da programação especial de Copa do Mundo 2014 aqui no Kimono Amarelo!

Por Kimono Vermelho aquela que jamais passaria na calçada do Drake - 19/06/2014

Nenhum comentário:

Postar um comentário

Não é permitido aqui (ou seja, os comentários serão excluídos):
-Falta de respeito;
-Marketing (comentário genérico e marketing do seu blog);
-Ameaças (principalmente se incluir Cthulu);
-Links externos;
-E encheção de saco (aqui não é sua casa).

TENHA BOM SENSO!!!
É contrário a opinião do post ou de um comentarista, use argumentos e não bombas caseiras de recalque mais indiretas de cunho duvidoso.

P.S.: Eu costumo responder de forma humorada os comentários, então não ache que cada apontada de dedo é diretamente para o seu umbigo.

Obrigada e faça uma boa viagem na seção de comentários! o/