quarta-feira, 19 de outubro de 2016

FINAL: Amaama to Inazuma #12

O último sobrevivente da Temporada de Julho 2016 vai se despedindo com um gostinho salgado, daquela lágrima solitária que escorreu pelo rosto, pois o sorriso ainda é o que dá boa parte do sabor a esta despedida.

No episódio anterior... tivemos a Tsumugi dando um pouquinho de trabalho ao pai com sua manha, esta que volta a ser tema no último episódio. Além disso temos a participação de Yagi e sua companheira troll Shinobu.

Conseguiu achar um bom substituto para este anime, Kimono?


Amaama to Inazuma
12º episódio
Acabou a divertida saga de pai e filho para encontrar a comida mais gostosa de suas vidas.
Opinião: Parafraseando Flying Witch, também não sentirei saudades de Amaama to Inazuma, pois acredito que a série seja "redondinha", não deixando muitas pontas soltas ou insatisfações. 

Este ano em questões de quantidade de animes de qualidades foi realmente bem precária, tanto que eu nunca ressuscitei tanto anime com o "Relembrar é viver" como em 2016.

Em compensação tivemos lindas Olimpíadas e nenhum ataque terrorista, como todos temiam.

Voltando a esta série puro amor, reforço aqui o seu teor "didático" como elogio. Todo mundo que pensa em ter filho algum dia e por algum motivo, deveria abrir seu coração e assistir Amaama.

Independente de termos um pai solteiro e viúvo, acho interessante os futuros pais perceberem algumas peculiaridades das crianças, coisas que muitas vezes podemos julgar em outras pessoas ou simplesmente achar fofo quando acontece (e não é com você).

Trabalha também a relação pai x filha que nem sempre é muito forte aqui no ocidente, então imagine no Japão.

Hoje em dia até pode ser algo um pouco mais comum, no entanto, não se enganem. Os japoneses, em sua maioria, são mais frios, seja por sua natureza ou pela terrível parede de sentimentos que eles não sabem como derrubar.

Expor sua face mais "frágil" pode ser quase impossível.

Uma das coisas que eu gostei bastante aqui foi quando o professor Inuzuka falou sobre os desentendimentos entre progenitores e descendentes, sim, vou usar sinônimos para evitar repetição de termos, porque eu tenho TOC em nível baixo, porém, EXISTENTE.

Os pais muitas vezes tomam atitudes que para os filhos, independente da idade, podem soar totalmente desagradáveis ou tiranas. Excluindo desta lista certas atitudes realmente egoístas, como: obrigar os filhos a consumarem um casamento arranjado, trabalho escravo ou qualquer coisa que seja crime.

Vimos um bom exemplo quando o professor usa de uma psicologia brilhante para "atingir" a mente de sua pequena. Ele explica que precisa corrigi-la, caso faço algo errado e que detesta ter que brigar com filha, mas que é necessário quando ela sai da linha. E ainda pediu desculpas por ter gritado com ela no restaurante.
Pense num PSICÓLOGO que por acaso se tornou pai... Sério, muito craque esse professor.
É brilhante, pois demonstra humildade diante do filho e mostra que o pai/mãe não está ali para ser um tirano, e sim alguém que guiará os passos dele para que se torne uma pessoa boa e digna.

Quantas vezes vemos pais argumentando com um simples "porque sim" ou que sequer pensam em conversar antes de repreendê-los aos berros, fazendo com que os filhos se sintam humilhados, ainda mais se for na frente dos outros.

Inuzuka não é um homem perfeito e podemos ver que não é a primeira vez que ele reage de uma forma não muito agradável. Faz parte da vida. E todos que escolherem gerar descendentes terão que lidar com isso.

O mesmo vale para a relação entre Kotori e Megumi.
A menina se queixa, com certa razão, por ter uma mãe ausente, no entanto, o plot desenvolvido durante estes doze episódios não nos mostrou uma típica mãe relapsa que está pouco se importando com o bem estar de sua filha. Tanto que a vemos deixando comida pronta, ajudando com as receitas e nunca repreendendo ou julgando mal a filha.

Megumi sabe que a Kotori é uma boa menina, responsável, e em quem ela pode depositar a confiança.
Sem falar que seu tom, quando o assunto é a filha, sempre está amável.
Ah, restaurante e choro de criança... Quem nunca viu ou ouviu, levante a mão.

Foi muito bom neste último episódio ela aparecer e correr com o trabalho para ficar um pouco mais com ela, participar de algo que a faz feliz e que de certa forma acaba a ligando ainda mais a mãe, afinal, não foram poucas as vezes que Kotori correu para Megumi e pediu alguma receita.

Podia ressaltar novamente o desenvolvimento do professor Inuzuka como cozinheiro, mas acho que não é necessário.

Tsumugi é uma criança e essas fofurinhas dão trabalho mesmo, por isso eu reforço que maternidade/paternidade é vocação. Não adianta ter filho para agradar a família, para não se sentir sozinho, ser cuidado na velhice ou coisas do tipo. Você precisa engravidar ou engravidar alguém por amor, por desejo de gerar uma nova vida e cuidar dela até o fim de seus dias.

Sim, filho é uma "prisão", depois que ele sai do ventre, estará ali "para sempre" e é sua responsabilidade como progenitor (ou pessoa que escolheu cuidar de uma) viver por ele.

Parece exagerado? Bom, não é.
Teríamos pessoas melhores se seus pais tivessem sido um pouco menos egoístas, afoitos, impacientes e irresponsáveis.

A criança não tem culpa de ter nascido.
Não sei se posso culpar os pais em sua totalidade. Alguns foram descuidados com a camisinha, outros apenas continuaram o que gerações anteriores fizeram e outros tantos acharam que supririam alguma carência com um filho.

Óbvio que os pais não precisam ser exemplos de perfeição; somos humanos e por isso imperfeitos. Ainda assim é preciso ter um pouco mais de maturidade para saber qual é sua capacidade.
A menina já começa aprendendo o que é decepção e frustração na hora do jantar.

Romper com as expectativas da sociedade é difícil, mas é extremamente necessário ou jamais conseguiremos evoluir como pessoas.

Bom, de resto...
QUERIA FALAR SOBRE O YAGI TODO "FUWA FUWA" COM A MÃE DA KOTORI E, aparentemente, A SHINOBU DANDO A MAIOR FORÇA.

Ah sim, também faltou falar sobre como quase morri de morte matada com a Megumi explicando para a Tsumugi que a comida ali era mais gostosa, pois tinha um temperinho especial de seu pai: o amor que ele sente por ela.

E isso é bem verdade, acaba até sendo motivo de treta depois que um casal sela sua união e vai morar junto. A comida da mãe/do pai é sempre mais gostosa por causa disso!

Ah, já ia me esquecendo...
Começo tenso de episódio, né? A dupla Inuzuka indo visitar o túmulo da mãe.
Velho, ainda bem que esse anime acabou ou a gente teria que comprar uns lenços de papel. SEM OR!

Nota: Fofura com aquela fisgada de dor no fundo da alma
Pretende reassistir algum dia?: Talvez
Recomenda a série?: Sim
Categoria: pai solteiro, criança, ser pai/mãe é para quem tem vocação, comida, fofura, dor e sofrimento, mãe ausente, família, problemas familiares

Premiações: Melhor Pai de 2016 - Inuzuka.
Pontos fortes: família, a relação entre Tsumugi e Inuzuka, comida.
Pontos fracos: dor e sofrimento misturado com comida e momentos super amor. 

Assim se encerra a participação do fofo Amaama to Inazuma no Kimono Amarelo.

Por Kimono Vermelho aquela que nasceu de uma mãe com vocação para maternidade - 19/10/2016

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