terça-feira, 28 de fevereiro de 2017

Carnaval 2017: Primeiras Desimpressões de Shirobako

O Carnaval chegou no Kimono Amarelo!
E se você não quer saber de bloco de rua, marchinha e desfile de escola de samba, venha curtir o feriadão aqui no blog!
De 24/02 a 01/03 com uma programação especial! #SeloLaFolia

Como funcionam os posts de Carnaval:
-Assistirei e comentarei os QUATRO primeiros EPISÓDIOS do anime escolhido;
-Independente de gostar ou odiar o anime não vai ganhar posts semanais;
-Não importa se a história só vai se desenvolver depois de N episódios, o texto traz primeiras impressões, e não "vou ver a série completa".

Não adianta reclamar, chorar ou fazer mimimi. Esse é o esquema do Carnaval por aqui.
Ficha técnica
Título: Shirobako
Diretor: Tsutomu Mizushima
Estúdio: P.A. Works
Temporada: Outono 2014
Total de episódios: 24

Shirobako
1º episódio
Essa sou eu falando sobre doces em geral, afinal, gordo é assim mesmo, adora comida.
Opinião: Estou fazendo este post no meio do Carnaval e eu só quero dormir e morgar em um canto da minha cama.

Sim, estou exausta, porque passei uma semana e alguns dias fazendo esses posts trabalhosos E NEM GANHEI OS MILHARES DE FAVE'S, RT'S E COMENTÁRIOS QUE ESPERAVA. Chateada com vocês, seus bakas!

Neste ano resolvi fazer uma maluquice suicida: trazer uma votação que vocês escolhessem metade dos animes que eu analisaria no Carnaval. 

O resultado teve seis vitoriosos, entre eles Shirobako, que ficou em quarto lugar com 144 votos. 

OU SEJA: este post contém UM dos SEIS MÉTODOS TOTAIS de tortura à blogueira. Vejamos no final deste texto qual o seu tipo e se teve efetividade em me torturar. 

O que eu sei sobre Shirobako? Alguns personagens são inspirados em pessoas reais que trabalham em estúdios de animação nas mais diversas áreas. E, claro, o anime fala sobre os bastidores... de animes.

Toda a produção envolvida e os blá blá blás que os outros blogs são experts, e eu não.

ATENÇÃO, JOVENS: Fazer racha na rua é crime e você pode matar pessoas.
Não tem problema você se matar, pois é um imbecil, o problema é matar os outros, jovem otário.

A menina do racha voltou para o trabalho e...
MIGA, VOCÊ DESBLOQUEOU O "ESTOU DENTRO DE UM FILME DE TERROR". Parabéns pelo prêmio.

Esse moleque do cabelo avermelhado... YOSHITSUGU MATSUOKA, É VOCÊ? É SIM, PORRA! Uma vitória nesse anime, pronto, já posso droppar.

Ok, terminei o episódio.

Por incrível que pareça, Shirobako se provou um anime que ficou além das minhas expectativas, BEM ALÉM MESMO para dizer a verdade.

Já cheguei a achar que seria uma ótima oportunidade para entender um pouco mais sobre a indústria das animações japonesas e talvez me divertir com isso, ainda que no início, mais precisamente no post de temporada quando acreditava que seria algo focado nas cinco meninas do clube, bem bonitinho e talvez até romantizado.

Taquei a cara na porta.

Ao contrário dos outros posts que eu assistia episódio por vez e comentava, resolvi assistir os quatro de uma vez e... Shirobako não superou nenhuma expectativa.

É um anime bem chato e só funciona como entretenimento para quem realmente é MUITO CURIOSO e quer saber todas as minúcias do trabalho que os estúdios têm. De resto é praticamente um slice of life de uma empresa normal.

Conta o fator da minha falta de interesse para saber como são as coisas "nos bastidores"? Conta. No entanto, eu realmente esperava algo diferente.

Sim, esqueceram de colocar no MAL a categoria slice of life, que definiria perfeitamente esse começo de Shirobako, que tem dois cours.

"Ah, mas para frente têm umas informações interessantes..." - Eu acredito em você, leitor que assistiu o anime completo, e dessa vez não estou tirando sarro não. Talvez existam explicações para uma pá de coisas que não sei, contudo, definitivamente não se fez interessante.

Funciona como a maioria dos animes de esportes. Alguns se preocupam tanto em dar informações sobre o esporte que acabam se tornando didáticos demais e cansativos.

Outra coisa que me fez torcer o nariz foi a arte.
Enquanto temos a maioria das mulheres no estilo moe, os homens são um pouco mais realistas.

Particularmente não engulo essa tática da indústria para ter mais apelo com o público masculino, soa como se o anime fosse incompetente demais para apresentar uma boa história e tivesse que dar uma "apeladinha".

Enfim...
Neste episódio somos apresentados ao grupo do que parecem ser as personagens principais, cinco amigas que eram do Clube de Animação na escola e no último ano de três delas, resolveram fazer um anime para o festival escolar.

A partir desse projeto elas decidem que se mudarão para Tóquio e trabalharão com anime.

Leitor, não me pergunte o nome das gurias que vai ficar feio para todo mundo, principalmente para você que parece não conhecer este blog.

A apaixonada por donuts, mesmo no Verão escaldante e úmido do Japão, agora trabalha num estúdio de animação e é assistente de produção do anime "Exodus".

É ela e a equipe que nos mostrarão o lado mais real dos estúdios, sem todo aquele glamour que muitos pensam existir. É como um emprego normal numa empresa, o único diferencial é o tipo de trabalho feito ali.

Tem gente que desenha a animação, os que botam cor e movimento, os que escrevem o script, o diretor que acompanha a dublagem e explica como tudo deve ser.

Neste primeiro episódio vimos que um erro, mesmo que pequeno, pode se transformar numa boa de neve e acabar com o cronograma do estúdio, atrasando todos os outros processos e o trabalho final.

E para quem acha que é fichinha, os animadores às vezes chegam a passar mal, como foi o caso da moça no final do episódio. É uma rotina exaustiva e que também pode ser aplicada aos mangakás.

Quantos dos seus mangás favoritos já não tiveram anúncios de hiato por, principalmente, problemas de saúde? Há quem trabalhe rapidamente, tenha ajuda de assistentes e sejam bem workaholics, porém, os reles humanos não aguentam tanto trabalho e pressão em tão pouco tempo.

E Japão é especialista em ser workaholic.
Um dia desses passou uma matéria na Globo, não sei se no Fantástico ou no Jornal Nacional, comentando sobre isso.

Foi uma graça ver todo mundo se reunindo para acompanhar a estreia do anime.

No final de Kill la Kill, a galera do estúdio Trigger se reuniu para assistir o último episódio e ainda postou várias fotos no Twitter.


Shirobako
2º episódio
Aquele momento que você tenta jogar mais ao futuro e que finalmente chega para te atormentar.
Opinião: Quero matar o diretor que quer mudar tudo quando já está na produção final. Posso?

Muito bem, nesta parte vou falar sobre o elenco de dublagem QUE É GIGANTESCO (mentira, tem muito nome repetido, ou seja, as mesmas pessoas fazendo mais de um personagem), as músicas e... Obviamente o episódio.

Por ter 24 episódios e se tratar dos "bastidores dos animes", não seria difícil julgar que Shirobako teria um elenco enorme. Vou comentar os nomes mais conhecidos (por mim).

Katsuyuki Konishi faz Gen Asugawa.
Ele também é conhecido pelos seguintes papéis: Shuuhei Hisagi de Bleach, Laxus Dreyar de Fairy Tail, Tsumugu Kinagase de Kill la Kill, entre outros.

Takehito Koyasu faz Tsuyoshi Makurada.
Ele também é conhecido pelos seguintes papéis: Guiscard de Arslan Senki, Shinsuke Takasugi de Gintama (Hideaki Sorachi), Barbarossa de Magi: Sinbad no Bouken, Kyuso de Nurarihyon no Mago, Excalibur de Soul Eater (Atsushi Okubo), entre outros.

Takahiro Sakurai faz Takezou Nogame. 

Yoshitsugu Matsuoka faz Tatsuya Ochiai.

Hiroyuki Yoshino faz Tarou Takanashi.
Ele também é conhecido pelos seguintes papéis: Hajime Imaizumi de Haikyuu!!, Gozumaru de Nurarihyon no Mago, Present Mic de Boku no Hero Academia, Yasutomoto Arakita de Yowamushi Pedal, entre outros.

As aberturas são "I'm sorry EXODUS" de Tracy (Mai Nakahara, Shizuka Itou e Ai Kayano), "COLORFUL BOX" de Yoko Ishida e "Takarabako -TREASURE BOX-" de Masami Okui.

Os encerramentos são "Animetic Love Letter" de Aoi Miyamori (Juri Kimura), Ema Yasuhara (Haruka Yoshimura) e Shizuka Sakaki (Haruka Chisuga), "Platinum Jet" de Doughnut◎Quintet e "Yama Harinezumi Andes Chucky" de Miyuki Kunitake.
E mesmo o Brasil tendo uma das melhores dublagens do mundo, ainda acho a japonesa melhor.
Bom, as músicas que aparecem nesses quatro primeiros episódios não são do meu agrado. Aliás, poucas coisas me agradam, sou chata pra caramba. PAREÇO AQUELE ~CRÍTICO MUSICAL~ QUE O ANITWITTER TROLLOU NUMA MADRUGADA DESSAS DE PRÉ-CARNAVAL. ohohoho

Uma das coisas interessantes a serem comentadas e que eu quase esqueci é que lá no Japão os dubladores gravam juntos a cena, tendo um, dois ou alguns mais dentro do estúdio, enquanto aqui no Brasil é um por vez e em horários muitas vezes distintos.

Neste episódio O DIRETOR FICOU LOUCO E VAI DAR UM DESCONTA- Ah, espera, merchan errado.

O diretor é mais libriano que a blogueira e não estava satisfeito com a arte de uma personagem NA PRÉVIA DO TRABALHO FINAL. É nesse momento que todo mundo quer matá-lo, claro, ainda mais com os prazos curtos que o pessoal tem.

Achei um tanto exagerado esse episódio, típico de anime de fantasia mesmo, mas entendo que existam EGOS e egos de diretores problemáticos ou que simplesmente não sabem o que querem da vida.

E, realmente, como disseram os bonequinhos da menina adoradora de donuts num dos sonhos/delírios dela, não se sabe como tudo vai ficar antes de ilustrado.

O pessoal envolvido na produção do anime faz uma reunião de brainstorm, discussão para aprofundar as personagens, pois pelo que entendi o Exodus é um trabalho original, ou seja, eles não têm como se se basear numa novel, mangá, OVA antigo, etc.

É difícil dizer que gostei do episódio ou odiei, pois... Foi bem ao estilo de "não fede, nem cheira". Não consigo me expressar de uma forma que não seja repetitiva sem usar essa frase aí, ela é perfeita.

Shirobako
3º episódio
Nota-se, amiga. Se fosse trabalho de uma pessoa só não ficaria pronto tão rápido ou seria tão legal.
Opinião: Este provavelmente foi um dos episódios mais estressantes, principalmente para menina dos donuts. Parece que tudo que tinha para dar de errado se juntou e esculhambou com a menina.

É arquivo que não abre, prazo curto para os animadores fazerem sua parte, é sistema que cai e não tem previsão de retorno e mais um monte de coisas que só de imaginar me dão taquicardia.

Bom, vai soar repetitivo, afinal, acabei adiantando muitos comentários na parte do primeiro episódio, só que os problemas pelos quais o estúdio passa são do mesmo tipo que empresas grandes também passam.

É prazo de entrega para relatório que tem que ser passado para o exterior, é visita de algum figurão com poucos dias para a empresa deixar tudo nos conformes, etc e tal.

A correria e o prazo curto não soaram tão "novidade" assim.

O bacana foi a senpai do print dar uma acalmada na mocinha dos donuts, que estava a ponto de ser levada pelo Samu à força. Ela era responsável pelos episódios quatro e nove, e por conta disso ficamos sabendo que o trabalho é dividido entre os produtores.

Ainda bem, né?
Imagina uma só pessoa cuidar disso tudo.
Por isso a senpai loirinha disse que a produção de anime é um trabalho de equipe e que preferencialmente deve estar em sincronia.

Uma coisa bacana de saber é que parte dos animadores é freelancer/não trabalham no prédio do estúdio.

Por um lado é bom, ainda que eu não saiba sobre os direitos trabalhistas do Japão, como repasse de vale-transporte, vale-refeição e esses detalhes.

Por outro o pessoal do estúdio tem que visitar um por um para pegar o material, enquanto outros mandam via transportadora.

Shirobako
4º episódio
Miga, relaxa, essa só foi uma das trocentas audições que você fará na vida, então relaxe.
Opinião: Miga, tu está mesmo treinando suas falas no trem? E TEM QUE GEMER ASSIM? MIGA, VOCÊ NÃO TEM VERGONHA? A VIDA É BOA?

SE ESTRESSAR COM O TRABALHO NÃO QUER DIZER QUE VOCÊ ESTÁ FAZENDO ALGO SIGNIFICANTE, E SIM QUE ESTÁ PERDENDO ALGUNS DIAS DE VIDA COM ESSA PRESSÃO, FICA A DICA, MOCINHA QUE QUER SER DUBLADORA BACANA.

Muito bem, chegamos ao quarto e último episódio desta análise.
Apenas Shirobako me possibilitou esse estilo de "uma taca só" dos episódios, uma vez que não conta com uma carga de informações tão necessária para compreender o plot e que vá modificar o que veremos no futuro.

Reforçando: não é um anime ruim, apesar da arte que me fez olhar meio torto para ele na temporada de estreia.

Neste episódio acompanhamos o mar em calmaria depois da tempestade... Se bem que depois desse finalzinho dá até para imaginar com que velocidade uma nova tromba d'água irá cair no barco à deriva que é a mocinha dos donuts.

Além de tudo resolvido com o quarto episódio (que a mocinha dos donuts era responsável) que foi aquele pico de estresse que diminui dias de vida, aqui o nosso adorável quinteto finalmente se reencontrou depois de algum tempo para beber, relaxar e botar as fofocas em dia.

Acompanhamos também como é uma audição para escolher dubladores para um papel. Haja paciência do diretor do anime e o alto escalão para escutar TANTAS VOZES falaram AS MESMAS FALAS.

Não sei se eu teria tanta paciência.

Então.
MAS, MIGA, ELAS TRABALHAM NA INDÚSTRIA DE ANIMES! Em que planeta você está?
É um pouco triste o que vou dizer, mas... Este anime não vai deixar saudades, sou capaz de esquecê-lo até o próximo ano e não me deu grandes impressões.

Digamos que neste Carnaval cheio de tantas histórias intensas, dramáticas, profundas, imbecis e gostosas de acompanhar, ficou difícil para um anime mais "simples" como este.

Não é ruim, tem um apelo interessante e eu não sou a pessoa mais curiosa do mundo. Quem sabe um dia eu olhe com mais carinho e maratone.

Seguindo a bobagem comentada lá em cima, Shirobako tem o "tipo de tortura" conhecido como: sem tortura.

Joga confete e serpentina, que esse é o Carnaval no Kimono Amarelo!
Oferecendo desde 2014 uma programação diferente para quem quer fugir de "carnaval"!

Nos vemos amanhã às 13h!

Por Kimono Vermelho aquela que não vai fazer post de Carnaval ano que vem *chora* - 28/02/2017

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