quarta-feira, 1 de abril de 2015

FINAL: Junketsu no Maria #10, #11 e 12

Você sabe que a blogueira está com a pá virada quando ela bota Junketsu no Maria para acabar em pleno Dia da Mentira, NUM POST SÓ e com análises dos três últimos episódios. Gente, eu estou velha demais se chama "preguiça", não "idade" para fazer posts fake. Desculpa.

No episódio anterior... percebendo que precisam mesmo se livrar do problema, Bernard e Galfa planejam contra Maria e acabam conseguindo prendê-la.

Seu coração encontrou a calmaria, Kimono?

Junketsu no Maria
10º, 11º e 12º episódio
A. MORAL. DA. GURIA. A moral da guria... A MORAL. Sem or... Abençoa essa bruxa!
Opinião: Uma coisa é certa: o final foi lindo.
E eu fiquei sinceramente impressionada com o reforço daquela máxima de que tudo acaba bem quando termina bem.

Mesmo com todas as condições apontando para um fim trágico, já que a sentença de Maria acabou saindo mais rápido do que esperavam e Joseph tinha ido à guerra quando é apenas um mensageiro sem conhecimento nenhum de esgrima, Deus provavelmente andou mexendo uns pauzinhos lá em cima.

Uma das mensagens mais fortes e reforçadas nesses três últimos episódios foram o questionamento sobre a religião e as doutrinas criadas e impostas pela Igreja "da terra".
Na verdade, para não perder aquele jeito de louca varrida, afinal, isso aqui não é um blog da blogosfera otaca decente, VAMOS FALAR DO BERNARD.
Fiador tentando explicar para a imobiliária que a família merece alugar a casa. Sério...
Bernard é o cara MAIS PERDIDO NO TIROTEIO do que o Haru de Free! no deserto. É bacana quando o questionamento de Maria sobre a religião o fazem repensar tudo e acabar encontrando um outro caminho para a sua crença, pena que ele tenha pirado TÃO FORTE nas batatas que acabou cometendo a loucura de "tentar matar" o Arcanjo Gabriel Miguel, tornando-se assim farinha que não virará farofa.

Temos o questionamento de o arcanjo ser apenas uma ferramenta sem opinião (redundância oi?) que repassa, em repetição incessante, o que poderíamos considerar "teoria", sem estudar o "caso" mais profundamente, chegando a ser considerado desnecessário. Como se não existisse uma real necessidade de um mensageiro entre Deus e os humanos.

Quase um "Deus no Céu e os humanos na Terra", que Ele fique por lá cuidando das coisas que lhe competem e deixem as decisões terrenas para os que vivem aqui. A conclusão do Monge Bernard poderia fazer a Igreja ruir, já que muito do que ela prega em hipocrisia e/ou doutrina para manter alguma ordem e respeito pela instituição é que os humanos devem ser "boas ovelhas" para merecerem um "pasto fresco" quando morrerem. Que as decisões devem ser tomadas seguindo as leis de Deus ou que homens da instituição sejam consultados. Esse é um poder que a Igreja não podia perder naquela época.
E eu que achava que essa bruxa seria uma senhora mala sem alça, acabou me surpreendendo!
Adiantaram a pena de nossa amada bruxa loira que quase teve o mesmo fim de Joana D'Arc, se não fosse pela coragem e pseudo-loucura de Edwina em se arriscar e jogar o outro lado na questão: o orgulho das bruxas.
No contexto histórico, tanto a argumentação de Viv sobre Deus não compreender o amor por ele ter sido criado pelos humanos, quanto os questionamentos de Maria a Bernard sobre as decisões de Deus, isso era extremamente mal visto, já que a mulher deveria ser submissa e obediente ao homem e a religião. É claro que com jeito elas também podiam manipular situações se quisessem, no entanto, a Inquisição aqui corre atrás daquelas que estão à frente de seu tempo e que acreditam numa outra maneira de viver suas vidas.

Não vou fingir que não adorei o Joseph saindo da posição de "boa ovelha" para "ovelha negra", tinha que ter é arrancado uns dentes do Galfa com os sopapos!

Aham, pois é, me chamem de Sheherazade e me mandem um pelotão de Fanalis (essa piada eu não explico, é feia).
Maria realmente não compreende a crueldade humana, né? Ô coração cheio de vontade e amor!
Apesar de ter mais se ferrado do que se dado bem no momento de lutinha entre homens, a cena mais divertida no contexto foi por acaso protagonizada por Joseph e Maria DENTRO DE UMA IGREJA.

A herege dentro da igreja praticamente pedindo o rapaz em casamento.
Mulher, herege, igreja, pedido de casamento.Achei tão doce o desenrolar de sua conversa, o tapa ardido de Maria revoltada, a declaração de amor, o pedido para que Joseph ficasse a seu lado, não apenas na alegria (sua força de vontade para interromper as guerras) como nos momentos de tristeza (ou dúvida, quando ela não sabe qual o motivo de seu propósito e para que ela nasceu).

Mais doce foi quando Joseph aceitou ficar a seu lado, se casar com ela.
Não precisaram de padre, tiveram Artemis e Priapus, succubus e inccubus como testemunhas, e uma belíssima igreja com vitrais e afrescos no teto.
CARA, ESSES DOIS NASCERAM UM PARA O OUTRO. OLHA O DIÁLOGO DE FUDIDOS!
Na verdade, na guerra não há nada sagrado. A luta e a conversa nojenta de Galfa sobre tirar a virgindade de Maria, os demônios e o saque (igrejas sempre tinham vários detalhes em ouro, pedrarias e outros metais preciosos, serviam como ótimos espólios). Sem esquecer da mulher que salvou Galfa de virar banquete de zumbi ou levar mais porrada. É só ler a legenda da música que ela cantou.

Admitindo sua felicidade, encontrando o amor, Maria recupera seus poderes e faz uma linda floresta nascer na cidade que os ingleses se escondiam e os franceses decidiram invadir.

Não bastasse isso, o Arcanjo Miguel (dizem que Gabriel e Rafael estão jogando truco e por isso não participaram do anime) ainda chama Maria para o julgamento final.
Como não amar essas corujinhas? Sim, gente, Joseph sempre foi um maldito UKE com U maiúsculo.
A menina é tão querida e bem relacionada que aparece todo mundo para defendê-la de Miguel.
A coisa fica TÃO SÉRIA que Deus dá umas interrompidas básicas e o arcanjo resolve botar todos que conhecem a bruxa para dar suas opiniões sobre ela.

Ainda rindo por ver o Bernard em modo "farinha", posteriormente com seus escritos hereges sendo queimados. Sem esquecer que o Gilbert, que já andava cabreiro com o monge, reagiu pessimamente quando descobriu que eles recebiam remédios feitos por bruxas (as "mesmas" que eles diziam perseguir e condenar).

Tendo até deuses e criaturas de religiões esquecidas intercedendo por Maria, foi decidido que ficariam de olho nela e que essa sua luta por tempos de paz seria parte "das leis naturais" do mundo, não implicando em desequilíbrio da balança que mantém o mundo andando para frente.

E Ezequiel, por ter defendido Maria por escolha própria, deixou de ser divina para renascer como humana. Miguel pediu para que ela escolhesse sua mãe e... BINGO! MARIA VOCÊ FOI A ESCOLHIDA! HAHAHAHAHAHA! A cara de "como assim vou ter mesmo que perder a virgindade?" da bruxa foi ÓTIMA!

Manteve-se a ordem de que caso perca a virgindade sua magia irá junto na festinha do adeus. E ficou claro que isso seria apenas questão de tempo, já que a moça e Joseph provavelmente se entregariam ao amor.
MIGUEL RINDO DÁ A MESMA SENSAÇÃO DE MEDO DO KOUEN* RINDO. O pavor nos olhos das pessoas que presenciam ambas as cenas podem explicar mais do que palavras.
E que cena linda a garota avisando ao arcanjo que tinha ganhado um namorado. Filha, Miguel não está nem aí para as fofocas da sua vida. Sinto muito!

A série vista como um todo é bem interessante, trazendo um bom contexto histórico e uma trama condizente. Os episódios 8 e 9 seguiram como clímax, contudo, particularmente, eu detestei ter que passar pela experiência de vê-los. Não é algo que qualquer mulher sinta-se confortável em assistir e isso contou como ponto forte de desagrado, mesmo que tenha "uma desculpa plausível" para existir ali.

Principalmente por causa deles eu senti uma enorme desmotivação em continuar com os posts e deixei a série para mais tarde. E aqui estou eu com o segundo post de análises triplas. Bom, foi melhor assim.

E uma última curiosidade que achei por acaso num dia desses pela internet: no vilarejo que Maria não conseguiu salvar, existe uma construção com uma das paredes pintadas com caveiras. Ela lembra bastante a pintura "A Dança da Morte" (ou "Dança Macabra") que existe na Igreja Santa Maria na Polônia e que retrata o horror da Peste Negra, que matava ricos, pobres, crianças, adultos, artistas, clero (via História do Mundo).


Nota: Agridoce
Pretende reassistir algum dia?: Talvez
Recomenda a série?: Talvez, mas com ressalvas
Categoria: Jogada na BR, fantasia, bruxaria, amor, altas macumbas, Europa, guerra, treta, Arcanjo Miguel, religião, Igreja, História, plot twist, tudo acaba bem quando termina bem.
Premiações: Melhor Bruxa - Maria, Melhor Casal - Maria e Joseph, Melhor Anime de Bruxaria da Temporada de Inverno 2015, Melhor Cena da Temporada de Inverno 2015 - Bernard virando farinha.
Pontos fortes: Bruxaria, Joseph e Maria, contexto histórico.
Pontos fracos: Sugestão de violência sexual e Bernard virando farinha e não se transformando em farofa. Se virasse farofa eu colocaria como "ponto forte".
Ela voltou ao blog para trazer o encerramento digno que foi prometido. E aqui está.
Assim se encerra a participação de Junketsu no Maria no Kimono Amarelo.

*Ren Kouen/Lian Hóngyán/Huang-Yan: personagem de Magi que em um momento do mangá dará risada de uma situação que qualquer um que gosta de tirar sarro dos outros, também riria.

Por Kimono Vermelho aquela que está TÃO MORTA DE PREGUIÇA que não está a fim de perder tempo fazendo post fake por causa do dia de hoje01/04/2015

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